Chords for A HISTÓRIA DE CENAIR MAICÁ

Tempo:
113.4 bpm
Chords used:

B

E

G

Bb

F

Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
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A HISTÓRIA DE CENAIR MAICÁ chords
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[G] [F]
[C] [E]
Oba viva, venho [G] aí gente, Uruguai [F] trans-Mordova e dar [C] serviço pra gente
[B] Nascido na localidade de Águas Frias, interior do município de [Bb]
Tucunduva, na região noroeste do Rio Grande do Sul, [E] no dia 3 de maio de [Bm] 1947
Senair Maicá foi um cantor [Bb] e instrumentista brasileiro de música nativista
Conhecido por cantar a natureza e os [Cm] índios, foi um dos quatro troncos missioneiros ao lado de Jaime [G] Caetano Brau, Pedro Hortaça [Gb] e Noel [E] Guarani
Quiseram um dia [B]
cantar com o povo, um canto simples [E] de amor e verdade
Filho de Armando Maicá, popularmente conhecido por seu mandico [B] e ursina da marca Maicá
Desde a infância acompanhou seus [E] pais na travessia do Rio [A] Uruguai, mantendo contato com as duas pátrias, Brasil e Argentina
[E] Conhecia a realidade social dos dois lados, pois criou [B]-se no meio de balseiros e pescadores
Vivendo das carreiras, [E] assim como eram conhecidos os acampamentos no meio do mato, que [B] existiam tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino
Pelo fato dos pais residirem na Argentina, estudou o primário no colégio General Belgrano, em Três [Gb] Pedras, município de Uberá, [E] que fica na região de Misiones
Nesta localidade [B] também conheceu um dos seus primeiros incentivadores para a arte da [E] música, um [Abm] paraguaio de nome Fernandes, que lhe ensinou a [E] dedilhar o violão
[B]
[A]
[E] [Gbm] [Ab] Zenair Maicá apresentava em seu trabalho a relação com [B] o Rio Uruguai, a preocupação com os problemas do homem rural e o destino dos herdeiros de São Miguel
Que viviam à beira das [Bb] estradas, artesanando [E] balaios para o pão e [B] a pinga
[Ab] Esta convivência no meio de badeireiros, balseiros e [Bb] pescadores despertaria nele outro [B] traço comum aos troncos [E] missioneiros, a postura [Ab] fraternal para com [B] os países vizinhos
[Bm] Pode-se ouvi-lo dizer na entrevista gravada no [E] Museu Antropológico Augusto Pestana Abre aspas
[B] A história missioneira não pertence somente ao Rio Grande do Sul, mas também à Argentina e ao [F] Uruguai
[C]
[E] [F]
[C]
[F] [Bbm] Com sua voz encorpada e ao [Cm] mesmo tempo suave, Zenair Maicá gravou [Bb] indelevelmente também seu nome entre os grandes [C] nomes da arte popular gaúcha
[Em] Homem e artista da melhor extração [G] missioneira, colocou sempre sua voz e seu talento [B] a serviço de sua [Am] terra e de sua gente
[Dm] [E]
[Am] [Dm]
[Am] [B] [E]
[Am] Músico desde os 10 anos de [F] idade, quando começou a se apresentar [Bb] em público ao lado do seu [Ab] irmão Adelke
Zenair [Bb] fez sua entrada triunfal na história da música [Am] gaúcha [Bb] ao vencer o 7º Festival do Folclore Correntino [Am]
em 1970 [G] em Santo Tomé na Argentina com o [E] Fandango da Fronteira
Na apresentação, [B] Zenair dividiu o [A] palco com quem havia composto a letra, Noel Guarani
Foi a consagração de ambos, [E] e de cada um como artista e [Gm] também dos seus forços iniciados pelos dois e por [Em] Pedro Hortaça em [E] [A] 1966
Quando lançaram um manifesto reivindicando a herança [Am] Guarani e [Bb] anunciando a intenção de criar a partir [E] dela uma nova arte [C] missioneira
[F]
[G] A vitória do 7º Festival do Folclore [Cm] Correntino em 1970 em Santo [Am] Tomé na Argentina rendeu a Zenair e Noel [Cm] a gravação de um disco compacto ainda naquele ano [Bb] intitulado Filosofia de [Em] Galdério
[B]
[Em] Em 1978 [B]
Zenair lançou Rio de Minha Infância, o primeiro de sua [Em] carreira solo
Solo talvez não seja a palavra adequada, a [B] produção e a direção couberam a Noel, [B] autor também de 4 das 10 músicas que o [C] integra
[F] [C]
[F] [C] Nas canções [A] Homem Rural e Balaio, Lance [G] e Taquara, Zenair [F] fala das agruras que atravessa jeitos simples do [Bm] interior gaúcho, [F] camponeses, balseiros, [G] índios
Já na canção João Sem Terra, Zenair satiriza a [A] política habitacional do regime de [E] 64 descrevendo as [Bb] agruras imaginárias [Cm] de um conhecido passarinho
Ainda bem [G] que o João Barreiro [Cm] não precisa de alvará, não [Ab] paga o BNH e usa o barro [Bb] brasileiro, mas te cuida João Barreiro que os [E] homens vão te pegar
[B]
[B] [Em] [B]
[Em] [Am]
[G] [Gb] [E]
[Ab] A biografia de Zenair tem [B] também um outro aspecto, este de cunho trágico, Zenair viveu pouco, aos 17 anos de idade num acidente, Zenair perdeu o rim
O que veio mais tarde a comprometer sua saúde [Bb] e influenciar seu falecimento em 2 de janeiro de 1989, aos 42 anos de idade, após passar por um transplante
Em 1984 [Cm]
iniciaram os problemas de saúde e o rim [Bb] que ainda possuía começou a falhar, necessitou então fazer hemodiálise, debilitando ainda mais a sua saúde
Em [Cm] [B] 1985 finalmente realizou o transplante de um rim sendo doador o irmão Darcy Maiká, a penúltima internação hospitalar em dezembro de 1988 [Em] teve como objetivo colocar uma [B] prótese efemural
[Em] [Am] [G]
[B] [E] [Bb]
Zenair Maiká [Abm] conseguiu casar [B] a música com a poesia, mostrar [E]
realidades sociais que eram [B] esquecidas, como ele mesmo [E] destacou o problema que aflige o homem [A] do campo merece [G] destaque igual ou [Bb] maior ao dispensando as músicas que [B] temalizam sobre amor ou buemia
Essa [E] preocupação fica explícita na milonga [B] ou em rural, onde é [E] possível notar [B] a realidade [Cm] social dos trabalhadores, seja da cidade ou do campo, simbolicamente na expressão, [Bb] enxada em terra alheia nunca traz dia [Dm] melhor
[A]
[Dm]
[A]
[D] [A] Zenair Maiká é hoje uma [A] referência para todos aqueles que se propõem defender o patrimônio natural, histórico, cultural, econômico e principalmente humano do Rio Grande do Sul
[Dm]
Zenair Maiká sabia [B] dos obstáculos [G] que existiam no caminho que escolheu, [C] o enfrentamento com os monopólios [F] fonográficos fazia parte de suas preocupações, [A] as multinacionais do disco infiltravam a música norte-americana
[Bb] Recordou em uma entrevista realizada em 1982 no [B] Museu Antropológico Augusto Pestana, disse ele, nós [Bb] tínhamos um compromisso de manter a cultura missioneira, nisso, como em muitas [A] outras [C] coisas, comungava das mesmas ideias de seu parceiro Noel [Am] Guarani
O da viva, [G] venha o incente, Uruguai [F] transbordo, vai dar [C] serviço pra gente
Em [N] 2 de janeiro de 1989, Zenair Maiká falecia, deixando em seu registro musical um atestado de amor às suas origens e a prova de que através da música era possível contar a história de forma popular, dando voz à memória coletiva, [B] alertando a todos os erros cometidos no passado e a necessidade básica de fortalecer a identidade para a construção de um futuro [Cm] mais humano e social
Viveu tão [Gb] pouco, mas cumpriu sua [G] sina, se foi, [F] ao tranco, sacudindo a [Em] crina, com lua e sol, [E] com chamamé e milonga
[Eb] Milonga se [G] canta rindo, se canta triste também, milonga do amor bem-vindo, milonga [A] se o amor não vem
Contribuiu para a pesquisa argumentos publicados no site [Cm] Recanto da Gaita, com produção e locução de Waldir França, essa foi a história de Zenair [Gm] Maiká para o projeto Memórias do Rio Grande
Milonga [G] é prosa de amigo, milonga é fala [Eb] do [Cm] povo, lembrança de um [G] tempo antigo, desejo de um tempo [Eb] novo, milonga é [G] caos muito sério e é também [C]
divertimento, [B] só não canta seu vigário consagrando o calidez
[Ab] [Bm] [G]
Key:  
B
12341112
E
2311
G
2131
Bb
12341111
F
134211111
B
12341112
E
2311
G
2131
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Oba viva, venho [G] aí gente, Uruguai [F] trans-Mordova e dar [C] serviço pra gente _ _
[B] Nascido na localidade de Águas Frias, interior do município de [Bb]
Tucunduva, na região noroeste do Rio Grande do Sul, [E] no dia 3 de maio de [Bm] 1947
_ Senair Maicá foi um cantor [Bb] e instrumentista brasileiro de música nativista
Conhecido por cantar a natureza e os [Cm] índios, foi um dos quatro troncos missioneiros ao lado de Jaime [G] Caetano Brau, Pedro Hortaça [Gb] e Noel [E] Guarani
Quiseram um dia [B]
cantar com o povo, um canto simples [E] de amor e verdade
Filho de Armando Maicá, popularmente conhecido por seu mandico [B] e ursina da marca Maicá
Desde a infância acompanhou seus [E] pais na travessia do Rio [A] Uruguai, mantendo contato com as duas pátrias, Brasil e Argentina
[E] Conhecia a realidade social dos dois lados, pois criou [B]-se no meio de balseiros e pescadores
Vivendo das carreiras, [E] assim como eram conhecidos os acampamentos no meio do mato, que [B] existiam tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino
Pelo fato dos pais residirem na Argentina, estudou o primário no colégio General Belgrano, em Três [Gb] Pedras, município de Uberá, [E] que fica na região de Misiones
Nesta localidade [B] também conheceu um dos seus primeiros incentivadores para a arte da [E] música, um [Abm] paraguaio de nome Fernandes, que lhe ensinou a [E] dedilhar o violão
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_ [E] _ _ [Gbm] _ [Ab] _ Zenair Maicá apresentava em seu trabalho a relação com [B] o Rio Uruguai, a preocupação com os problemas do homem rural e o destino dos herdeiros de São Miguel
Que viviam à beira das [Bb] estradas, artesanando [E] balaios para o pão e [B] a pinga
[Ab] Esta convivência no meio de badeireiros, balseiros e [Bb] pescadores despertaria nele outro [B] traço comum aos troncos [E] missioneiros, a postura [Ab] fraternal para com [B] os países vizinhos
[Bm] Pode-se ouvi-lo dizer na entrevista gravada no [E] Museu Antropológico Augusto Pestana Abre aspas
[B] A história missioneira não pertence somente ao Rio Grande do Sul, mas também à Argentina e ao [F] Uruguai
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_ [F] _ [Bbm] Com sua voz encorpada e ao [Cm] mesmo tempo suave, Zenair Maicá gravou [Bb] indelevelmente também seu nome entre os grandes [C] nomes da arte popular gaúcha
[Em] Homem e artista da melhor extração [G] missioneira, colocou sempre sua voz e seu talento [B] a serviço de sua [Am] terra e de sua gente
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[Am] Músico desde os 10 anos de [F] idade, quando começou a se apresentar [Bb] em público ao lado do seu [Ab] irmão Adelke
Zenair [Bb] fez sua entrada triunfal na história da música [Am] gaúcha [Bb] ao vencer o 7º Festival do Folclore Correntino [Am]
em 1970 [G] em Santo Tomé na Argentina com o [E] Fandango da Fronteira
Na apresentação, [B] Zenair dividiu o [A] palco com quem havia composto a letra, Noel Guarani
Foi a consagração de ambos, [E] e de cada um como artista e [Gm] também dos seus forços iniciados pelos dois e por [Em] Pedro Hortaça em [E] _ [A] 1966
Quando lançaram um manifesto reivindicando a herança [Am] Guarani e [Bb] anunciando a intenção de criar a partir [E] dela uma nova arte [C] missioneira _ _ _ _
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[Em] _ _ _ _ Em 1978 [B]
Zenair lançou Rio de Minha Infância, o primeiro de sua [Em] carreira solo
Solo talvez não seja a palavra adequada, a [B] produção e a direção couberam a Noel, [B] autor também de 4 das 10 músicas que o [C] integra
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_ [F] _ _ _ [C] _ Nas canções [A] Homem Rural e Balaio, Lance [G] e Taquara, Zenair [F] fala das agruras que atravessa jeitos simples do [Bm] interior gaúcho, [F] camponeses, balseiros, [G] índios
Já na canção João Sem Terra, Zenair satiriza a [A] política habitacional do regime de [E] 64 descrevendo as [Bb] agruras imaginárias [Cm] de um conhecido passarinho
Ainda bem [G] que o João Barreiro [Cm] não precisa de alvará, não [Ab] paga o BNH e usa o barro [Bb] brasileiro, mas te cuida João Barreiro que os [E] homens vão te pegar
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[Ab] A biografia de Zenair tem [B] também um outro aspecto, este de cunho trágico, Zenair viveu pouco, aos 17 anos de idade num acidente, Zenair perdeu o rim
O que veio mais tarde a comprometer sua saúde [Bb] e influenciar seu falecimento em 2 de janeiro de 1989, aos 42 anos de idade, após passar por um transplante
Em 1984 _ [Cm]
iniciaram os problemas de saúde e o rim [Bb] que ainda possuía começou a falhar, necessitou então fazer hemodiálise, debilitando ainda mais a sua saúde
Em [Cm] [B] 1985 finalmente realizou o transplante de um rim sendo doador o irmão Darcy Maiká, a penúltima internação hospitalar em dezembro de 1988 [Em] teve como objetivo colocar uma [B] prótese efemural _ _
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Zenair Maiká [Abm] conseguiu casar [B] a música com a poesia, mostrar [E]
realidades sociais que eram [B] esquecidas, como ele mesmo [E] destacou o problema que aflige o homem [A] do campo merece [G] destaque igual ou [Bb] maior ao dispensando as músicas que [B] temalizam sobre amor ou buemia
Essa [E] preocupação fica explícita na milonga [B] ou em rural, onde é [E] possível notar [B] a realidade [Cm] social dos trabalhadores, seja da cidade ou do campo, simbolicamente na expressão, [Bb] enxada em terra alheia nunca traz dia [Dm] melhor
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Zenair Maiká sabia [B] dos obstáculos [G] que existiam no caminho que escolheu, [C] o enfrentamento com os monopólios [F] fonográficos fazia parte de suas preocupações, [A] as multinacionais do disco _ infiltravam a música norte-americana
[Bb] Recordou em uma entrevista realizada em 1982 no [B] Museu Antropológico Augusto Pestana, disse ele, nós [Bb] tínhamos um compromisso de manter a cultura missioneira, nisso, como em muitas [A] outras [C] coisas, comungava das mesmas ideias de seu parceiro Noel [Am] Guarani
O da viva, [G] venha o incente, Uruguai [F] transbordo, vai dar [C] serviço pra gente
Em [N] 2 de janeiro de 1989, Zenair Maiká falecia, deixando em seu registro musical um atestado de amor às suas origens e a prova de que através da música era possível contar a história de forma popular, dando voz à memória coletiva, [B] alertando a todos os erros cometidos no passado e a necessidade básica de fortalecer a identidade para a construção de um futuro [Cm] mais humano e social
Viveu tão [Gb] pouco, mas cumpriu sua [G] sina, se foi, [F] ao tranco, sacudindo a [Em] crina, com lua e sol, [E] com chamamé e milonga
[Eb] Milonga se [G] canta rindo, se canta triste também, milonga do amor bem-vindo, milonga [A] se o amor não vem
Contribuiu para a pesquisa argumentos publicados no site [Cm] Recanto da Gaita, com produção e locução de Waldir França, essa foi a história de Zenair [Gm] Maiká para o projeto Memórias do Rio Grande
Milonga [G] é prosa de amigo, _ milonga é fala [Eb] do [Cm] povo, lembrança de um [G] tempo antigo, desejo de um tempo [Eb] novo, milonga é [G] caos muito sério e é também [C]
divertimento, _ [B] só não canta seu vigário consagrando o calidez
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