Homem na Estrada Chords by Racionais Mcs
Tempo:
77.5 bpm
Chords used:
Dm
Am
C
D
G
Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
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[Dm]
[Am]
[Dm]
[Am] [C] [Abm]
[Dm] O homem na estrada recomeça a sua vida, sua finalidade, a sua [Am] liberdade, que foi perdida,
subtraída e quer provar a si mesmo que realmente mudou, [Dm] que se recuperou e quer viver em paz,
não olhar para trás, dizer ao crime nunca [Am] mais, pois sua infância não foi um mar de rosas não.
Não foi bem, lembranças [Dm] dolorosas então.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, muitos morreram sim, [D] sonhando [Am] alto assim, me digam
quem é feliz, quem não se desespera vendo nascer seu filho no berço da [Dm] miséria, um
lugar onde só tinham como atração, um bar e o cadomblé para se tomar [Am] a benção, esse
é o palco da história que por mim [G] será contado, o homem na [Dm] estrada.
[Am]
[Dm]
[Am]
[Dm] Equilibrado num barrão com cômodo, mal acabado e sujo, porém seu único lar, seu bem e seu
[Am] refúgio, um cheiro horrível de esgoto e no quintal, por cima ou por baixo, se chover
será fatal, [Dm] um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou, até o IBGE passou aqui [Am] e nunca mais voltou.
Numerou os barracos, fez uma paz de perguntas, logo depois esqueceram, filho da [Dm] puta, acharam
uma mina morte e estuprada, devia estar com muita raiva, estava irreconhecível, o rosto
desfigurado, deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado
pelo sol, jogado o IML, estava só 10 horas atrasado.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, quero que meu filho nem se leve daqui, tenha uma
vida segura, não quero que ele cresça, com oitão na cintura e uma PT na cabeça,
o resto da madrugada sem dormir eu me penso o que fazer para sair dessa situação, desempregado
então, com uma reputação, viveu na detenção, ninguém confia não e a vida desse homem
para sempre foi [G] danificada.
O homem na [Dm] estrada.
[Am]
[Dm] [B] O homem [Am] na estrada.
[Dm] Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual, calor insuportável, 28 [Am] graus, faltou
água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, já fazem cinco [Dm] dias, são
10 horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema [Am] urgência, loucura,
violência, exagerado, estourou a própria mão, estava embriagado, mas bem antes [Dm] da
ressaca ele foi julgado, arrastado pela rua, o pobre do elemento, inevitável lixamento,
imaginem só, ele ficou bem feio, não tiveram dó, os ricos fazem campanha contra as drogas
e falam sobre o poder destrutivo [Am] dela, por outro lado promovem e ganham muito dinheiro
com o álcool que é vendido na [Dm] favela, e papo sabe, ele sai e vai dar um rolê, não
acredita no que vê, não daquela [Am] maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palma
a palma, seu café da manhã na lateral [Dm] da feira, molecada sem futuro eu já consigo
ver, só vão na escola pra comer apenas nada [Am] mais, como é que vão aprender sem incentivo
de alguém, sem orgulho, sem respeito, sem saúde, [Dm] sem paz, o mano meu estava ganhando
um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolé fustinha, foi fuzilado a queimar roupa
no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, ficou famoso, virou notícia, rendeu
dinheiro aos jornais, cartaz a polícia, 20 anos de idade e alcançou [D] os primeiros lugares,
super estado, notícias populares, uma semana depois chegou o craque, gente rica por trás,
diretoria, aqui periferia, miséria te sobra, um salário [Dm] por dia, garante a mão de obra,
a clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio, a playboyzada
muito louca até os ossos, vender droga por aqui, grande negócio, sim, ganhar dinheiro
fica reto em fim, quero um futuro melhor, não quero morrer [Am] assim, [C] no necrotério qualquer,
com indigente, [N] sem nome, sem nada, um homem na [Dm] estrada, assaltos
[Am]
[Dm]
[Am]
[Dm] na redondeza, levantaram
suspeitas, logo acusaram uma [Am] favela para variar, e o boato que corre é que esse homem está,
com seu nome lá, na lista dos [Dm] suspeitos, pregada na parede do bar, a noite chega e
um clima estranho no ar, [Am] e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente, mas na
calada cavetaram seus [Dm] antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço
a tatuagem deve ser uma passagem, [Am] 5, 7 na lei, do seu lado não tem mais ninguém, a
justiça criminal é [Dm] implacável, tiram sua liberdade, família imoral, mesmo longe do
sistema [Am] carcerário, se chamarão pra sempre de ex-presidiário, não confio na polícia
raça do [Dm] caralho, se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e copem em
mim, [Am] eu sangraria até a morte, já era um abraço, por isso a minha segurança eu mesmo
[N] faço, é madrugada, parece está tudo normal, mas esse homem desperta, pressentindo um mal,
muito cachorro latido, ele acorda ouvido, barulho de carro e passos no [Dm] quintal, a vizinhança
está calada, insegura, prêmio de todo um final que já [Am] conhecem bem, na madrugada da
favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do [Dm] cão, talvez vão invadir
o seu barra, vem a polícia, vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta,
comedores de caniça, já deram minha sentença e eu nem tava [D] na treta, não são poucos que
já vieram muito loucos, matar na [F] crocodilagem, não vão perder viagem, 15 caras lá fora,
[Dm] diversos calibres e eu apenas com uma 13 tiros automática, sou eu mesmo e eu, meu Deus e
meu orixá, no primeiro barulho eu vou [Am] atirar, [C] se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém,
[B] o que eles querem, mais um pretinho na [Dm] bebê, se ganhar dinheiro fica reto e fim, a gente
sonha a vida inteira e só [Am] acorda no fim, minha verdade foi outra, não dá mais tempo [N] pra nada.
[Am]
[Dm]
[Am] [C] [Abm]
[Dm] O homem na estrada recomeça a sua vida, sua finalidade, a sua [Am] liberdade, que foi perdida,
subtraída e quer provar a si mesmo que realmente mudou, [Dm] que se recuperou e quer viver em paz,
não olhar para trás, dizer ao crime nunca [Am] mais, pois sua infância não foi um mar de rosas não.
Não foi bem, lembranças [Dm] dolorosas então.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, muitos morreram sim, [D] sonhando [Am] alto assim, me digam
quem é feliz, quem não se desespera vendo nascer seu filho no berço da [Dm] miséria, um
lugar onde só tinham como atração, um bar e o cadomblé para se tomar [Am] a benção, esse
é o palco da história que por mim [G] será contado, o homem na [Dm] estrada.
[Am]
[Dm]
[Am]
[Dm] Equilibrado num barrão com cômodo, mal acabado e sujo, porém seu único lar, seu bem e seu
[Am] refúgio, um cheiro horrível de esgoto e no quintal, por cima ou por baixo, se chover
será fatal, [Dm] um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou, até o IBGE passou aqui [Am] e nunca mais voltou.
Numerou os barracos, fez uma paz de perguntas, logo depois esqueceram, filho da [Dm] puta, acharam
uma mina morte e estuprada, devia estar com muita raiva, estava irreconhecível, o rosto
desfigurado, deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado
pelo sol, jogado o IML, estava só 10 horas atrasado.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, quero que meu filho nem se leve daqui, tenha uma
vida segura, não quero que ele cresça, com oitão na cintura e uma PT na cabeça,
o resto da madrugada sem dormir eu me penso o que fazer para sair dessa situação, desempregado
então, com uma reputação, viveu na detenção, ninguém confia não e a vida desse homem
para sempre foi [G] danificada.
O homem na [Dm] estrada.
[Am]
[Dm] [B] O homem [Am] na estrada.
[Dm] Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual, calor insuportável, 28 [Am] graus, faltou
água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, já fazem cinco [Dm] dias, são
10 horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema [Am] urgência, loucura,
violência, exagerado, estourou a própria mão, estava embriagado, mas bem antes [Dm] da
ressaca ele foi julgado, arrastado pela rua, o pobre do elemento, inevitável lixamento,
imaginem só, ele ficou bem feio, não tiveram dó, os ricos fazem campanha contra as drogas
e falam sobre o poder destrutivo [Am] dela, por outro lado promovem e ganham muito dinheiro
com o álcool que é vendido na [Dm] favela, e papo sabe, ele sai e vai dar um rolê, não
acredita no que vê, não daquela [Am] maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palma
a palma, seu café da manhã na lateral [Dm] da feira, molecada sem futuro eu já consigo
ver, só vão na escola pra comer apenas nada [Am] mais, como é que vão aprender sem incentivo
de alguém, sem orgulho, sem respeito, sem saúde, [Dm] sem paz, o mano meu estava ganhando
um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolé fustinha, foi fuzilado a queimar roupa
no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, ficou famoso, virou notícia, rendeu
dinheiro aos jornais, cartaz a polícia, 20 anos de idade e alcançou [D] os primeiros lugares,
super estado, notícias populares, uma semana depois chegou o craque, gente rica por trás,
diretoria, aqui periferia, miséria te sobra, um salário [Dm] por dia, garante a mão de obra,
a clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio, a playboyzada
muito louca até os ossos, vender droga por aqui, grande negócio, sim, ganhar dinheiro
fica reto em fim, quero um futuro melhor, não quero morrer [Am] assim, [C] no necrotério qualquer,
com indigente, [N] sem nome, sem nada, um homem na [Dm] estrada, assaltos
[Am]
[Dm]
[Am]
[Dm] na redondeza, levantaram
suspeitas, logo acusaram uma [Am] favela para variar, e o boato que corre é que esse homem está,
com seu nome lá, na lista dos [Dm] suspeitos, pregada na parede do bar, a noite chega e
um clima estranho no ar, [Am] e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente, mas na
calada cavetaram seus [Dm] antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço
a tatuagem deve ser uma passagem, [Am] 5, 7 na lei, do seu lado não tem mais ninguém, a
justiça criminal é [Dm] implacável, tiram sua liberdade, família imoral, mesmo longe do
sistema [Am] carcerário, se chamarão pra sempre de ex-presidiário, não confio na polícia
raça do [Dm] caralho, se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e copem em
mim, [Am] eu sangraria até a morte, já era um abraço, por isso a minha segurança eu mesmo
[N] faço, é madrugada, parece está tudo normal, mas esse homem desperta, pressentindo um mal,
muito cachorro latido, ele acorda ouvido, barulho de carro e passos no [Dm] quintal, a vizinhança
está calada, insegura, prêmio de todo um final que já [Am] conhecem bem, na madrugada da
favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do [Dm] cão, talvez vão invadir
o seu barra, vem a polícia, vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta,
comedores de caniça, já deram minha sentença e eu nem tava [D] na treta, não são poucos que
já vieram muito loucos, matar na [F] crocodilagem, não vão perder viagem, 15 caras lá fora,
[Dm] diversos calibres e eu apenas com uma 13 tiros automática, sou eu mesmo e eu, meu Deus e
meu orixá, no primeiro barulho eu vou [Am] atirar, [C] se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém,
[B] o que eles querem, mais um pretinho na [Dm] bebê, se ganhar dinheiro fica reto e fim, a gente
sonha a vida inteira e só [Am] acorda no fim, minha verdade foi outra, não dá mais tempo [N] pra nada.
Key:
Dm
Am
C
D
G
Dm
Am
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[Am] _ _ _ _ _ _ _ _
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[Am] _ _ [C] _ _ _ _ [Abm] _
[Dm] O homem na estrada recomeça a sua vida, sua finalidade, a sua [Am] liberdade, que foi perdida,
subtraída e quer provar a si mesmo que realmente mudou, [Dm] que se recuperou e quer viver em paz,
não olhar para trás, dizer ao crime nunca [Am] mais, pois sua infância não foi um mar de rosas não.
Não foi bem, lembranças [Dm] dolorosas então.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, muitos morreram sim, [D] sonhando [Am] alto assim, me digam
quem é feliz, quem não se desespera vendo nascer seu filho no berço da [Dm] miséria, um
lugar onde só tinham como atração, um bar e o cadomblé para se tomar [Am] a benção, esse
é o palco da história que por mim [G] será contado, o homem na [Dm] estrada. _ _ _ _ _ _ _
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[Am] refúgio, um cheiro horrível de esgoto e no quintal, por cima ou por baixo, se chover
será fatal, [Dm] um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou, até o IBGE passou aqui [Am] e nunca mais voltou.
Numerou os barracos, fez uma paz de perguntas, logo depois esqueceram, filho da [Dm] puta, acharam
uma mina morte e estuprada, devia estar com muita raiva, estava irreconhecível, o rosto
desfigurado, deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado
pelo sol, jogado o IML, estava só 10 horas atrasado.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, quero que meu filho nem se leve daqui, tenha uma
vida segura, não quero que ele cresça, com oitão na cintura e uma PT na cabeça,
o resto da madrugada sem dormir eu me penso o que fazer para sair dessa situação, desempregado
então, com uma reputação, viveu na detenção, ninguém confia não e a vida desse homem
para sempre foi [G] danificada.
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[Dm] Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual, calor insuportável, 28 [Am] graus, faltou
água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, já fazem cinco [Dm] dias, são
10 horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema [Am] urgência, loucura,
violência, exagerado, estourou a própria mão, estava embriagado, mas bem antes [Dm] da
ressaca ele foi julgado, arrastado pela rua, o pobre do elemento, inevitável lixamento,
imaginem só, ele ficou bem feio, não tiveram dó, os ricos fazem campanha contra as drogas
e falam sobre o poder destrutivo [Am] dela, por outro lado promovem e ganham muito dinheiro
com o álcool que é vendido na [Dm] favela, e papo sabe, ele sai e vai dar um rolê, não
acredita no que vê, não daquela [Am] maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palma
a palma, seu café da manhã na lateral [Dm] da feira, molecada sem futuro eu já consigo
ver, só vão na escola pra comer apenas nada [Am] mais, como é que vão aprender sem incentivo
de alguém, sem orgulho, sem respeito, sem saúde, [Dm] sem paz, o mano meu estava ganhando
um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolé fustinha, foi fuzilado a queimar roupa
no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, ficou famoso, virou notícia, rendeu
dinheiro aos jornais, cartaz a polícia, 20 anos de idade e alcançou [D] os primeiros lugares,
super estado, notícias populares, uma semana depois chegou o craque, gente rica por trás,
diretoria, aqui periferia, miséria te sobra, um salário [Dm] por dia, garante a mão de obra,
a clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio, a playboyzada
muito louca até os ossos, vender droga por aqui, grande negócio, sim, ganhar dinheiro
fica reto em fim, quero um futuro melhor, não quero morrer [Am] assim, [C] no necrotério qualquer,
com indigente, [N] sem nome, sem nada, um homem na [Dm] estrada, _ _ assaltos _ _ _
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suspeitas, logo acusaram uma [Am] favela para variar, e o boato que corre é que esse homem está,
com seu nome lá, na lista dos [Dm] suspeitos, pregada na parede do bar, a noite chega e
um clima estranho no ar, [Am] e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente, mas na
calada cavetaram seus [Dm] antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço
a tatuagem deve ser uma passagem, [Am] 5, 7 na lei, do seu lado não tem mais ninguém, a
justiça criminal é [Dm] implacável, tiram sua liberdade, família imoral, mesmo longe do
sistema [Am] carcerário, se chamarão pra sempre de ex-presidiário, não confio na polícia
raça do [Dm] caralho, se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e copem em
mim, [Am] eu sangraria até a morte, já era um abraço, por isso a minha segurança eu mesmo
[N] faço, é madrugada, parece está tudo normal, mas esse homem desperta, pressentindo um mal,
muito cachorro latido, ele acorda ouvido, barulho de carro e passos no [Dm] quintal, a vizinhança
está calada, insegura, prêmio de todo um final que já [Am] conhecem bem, na madrugada da
favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do [Dm] cão, talvez vão invadir
o seu barra, vem a polícia, vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta,
comedores de caniça, já deram minha sentença e eu nem tava [D] na treta, não são poucos que
já vieram muito loucos, matar na [F] crocodilagem, não vão perder viagem, 15 caras lá fora,
[Dm] diversos calibres e eu apenas com uma 13 tiros automática, sou eu mesmo e eu, meu Deus e
meu orixá, no primeiro barulho eu vou [Am] atirar, [C] se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém,
[B] o que eles querem, mais um pretinho na [Dm] bebê, se ganhar dinheiro fica reto e fim, a gente
sonha a vida inteira e só [Am] acorda no fim, minha verdade foi outra, não dá mais tempo [N] pra nada. _ _ _
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subtraída e quer provar a si mesmo que realmente mudou, [Dm] que se recuperou e quer viver em paz,
não olhar para trás, dizer ao crime nunca [Am] mais, pois sua infância não foi um mar de rosas não.
Não foi bem, lembranças [Dm] dolorosas então.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, muitos morreram sim, [D] sonhando [Am] alto assim, me digam
quem é feliz, quem não se desespera vendo nascer seu filho no berço da [Dm] miséria, um
lugar onde só tinham como atração, um bar e o cadomblé para se tomar [Am] a benção, esse
é o palco da história que por mim [G] será contado, o homem na [Dm] estrada. _ _ _ _ _ _ _
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[Am] refúgio, um cheiro horrível de esgoto e no quintal, por cima ou por baixo, se chover
será fatal, [Dm] um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou, até o IBGE passou aqui [Am] e nunca mais voltou.
Numerou os barracos, fez uma paz de perguntas, logo depois esqueceram, filho da [Dm] puta, acharam
uma mina morte e estuprada, devia estar com muita raiva, estava irreconhecível, o rosto
desfigurado, deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado
pelo sol, jogado o IML, estava só 10 horas atrasado.
Sim, ganhar dinheiro fica rico enfim, quero que meu filho nem se leve daqui, tenha uma
vida segura, não quero que ele cresça, com oitão na cintura e uma PT na cabeça,
o resto da madrugada sem dormir eu me penso o que fazer para sair dessa situação, desempregado
então, com uma reputação, viveu na detenção, ninguém confia não e a vida desse homem
para sempre foi [G] danificada.
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água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, já fazem cinco [Dm] dias, são
10 horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema [Am] urgência, loucura,
violência, exagerado, estourou a própria mão, estava embriagado, mas bem antes [Dm] da
ressaca ele foi julgado, arrastado pela rua, o pobre do elemento, inevitável lixamento,
imaginem só, ele ficou bem feio, não tiveram dó, os ricos fazem campanha contra as drogas
e falam sobre o poder destrutivo [Am] dela, por outro lado promovem e ganham muito dinheiro
com o álcool que é vendido na [Dm] favela, e papo sabe, ele sai e vai dar um rolê, não
acredita no que vê, não daquela [Am] maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palma
a palma, seu café da manhã na lateral [Dm] da feira, molecada sem futuro eu já consigo
ver, só vão na escola pra comer apenas nada [Am] mais, como é que vão aprender sem incentivo
de alguém, sem orgulho, sem respeito, sem saúde, [Dm] sem paz, o mano meu estava ganhando
um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolé fustinha, foi fuzilado a queimar roupa
no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, ficou famoso, virou notícia, rendeu
dinheiro aos jornais, cartaz a polícia, 20 anos de idade e alcançou [D] os primeiros lugares,
super estado, notícias populares, uma semana depois chegou o craque, gente rica por trás,
diretoria, aqui periferia, miséria te sobra, um salário [Dm] por dia, garante a mão de obra,
a clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio, a playboyzada
muito louca até os ossos, vender droga por aqui, grande negócio, sim, ganhar dinheiro
fica reto em fim, quero um futuro melhor, não quero morrer [Am] assim, [C] no necrotério qualquer,
com indigente, [N] sem nome, sem nada, um homem na [Dm] estrada, _ _ assaltos _ _ _
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com seu nome lá, na lista dos [Dm] suspeitos, pregada na parede do bar, a noite chega e
um clima estranho no ar, [Am] e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente, mas na
calada cavetaram seus [Dm] antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço
a tatuagem deve ser uma passagem, [Am] 5, 7 na lei, do seu lado não tem mais ninguém, a
justiça criminal é [Dm] implacável, tiram sua liberdade, família imoral, mesmo longe do
sistema [Am] carcerário, se chamarão pra sempre de ex-presidiário, não confio na polícia
raça do [Dm] caralho, se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e copem em
mim, [Am] eu sangraria até a morte, já era um abraço, por isso a minha segurança eu mesmo
[N] faço, é madrugada, parece está tudo normal, mas esse homem desperta, pressentindo um mal,
muito cachorro latido, ele acorda ouvido, barulho de carro e passos no [Dm] quintal, a vizinhança
está calada, insegura, prêmio de todo um final que já [Am] conhecem bem, na madrugada da
favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do [Dm] cão, talvez vão invadir
o seu barra, vem a polícia, vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta,
comedores de caniça, já deram minha sentença e eu nem tava [D] na treta, não são poucos que
já vieram muito loucos, matar na [F] crocodilagem, não vão perder viagem, 15 caras lá fora,
[Dm] diversos calibres e eu apenas com uma 13 tiros automática, sou eu mesmo e eu, meu Deus e
meu orixá, no primeiro barulho eu vou [Am] atirar, [C] se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém,
[B] o que eles querem, mais um pretinho na [Dm] bebê, se ganhar dinheiro fica reto e fim, a gente
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