Chords for Pe. Zezinho - Utopia

Como era bom, não é que acabou de tudo, mas como era bom aquele tempo em que os pais
sentavam ao sofá ou na varanda e ninguém ficava olhando televisão, olhava um pro outro.
Depois vem a televisão e muitos pais dizem, daqui a pouco a televisão, agora a gente conversa.
Há famílias [N] que controlam a televisão, há famílias que são controladas pela televisão.
O botão está do lado de lá, mas aquelas que o botão está do lado de cá dizem assim,
agora chega, agora é nós no pedaço.
Felizes os pais que conseguem controlar o tempo de televisão dos filhos, felizes os
filhos que estudam e conseguem controlar o seu tempo de televisão.
Não podemos nos transformar num povo de telespectadores, nós temos que olhar de perto.
Telespectador é que olha o que vem de longe, tem que olhar o que está perto.
Experimenta olhar o pai e a mãe, quem sabe vai respeitar um pouco mais.
Não deixe a televisão mandar em você. _ _
E olha que eu trabalho na televisão.
Se eu estiver dizendo bobagem, me desligue e olhe um para o outro que é melhor.
Não é porque eu trabalho na televisão, os padres mais conhecidos, padre Jonas, padre
Marcelo, padre Antônio Maria, padre João Carlos, não é por isso que nós somos melhores
do que os outros.
Televisão engana, as pessoas ficam pensando, uuuh, ele é da televisão, logo é melhor,
logo chega mais longe, só isso.
_ Vale aquele que cuida de você todos os dias, que está perto de você, esse pai e mãe.
_ _ Falar de longe é bonito, falar de longe é bonito, não dói nada.
Falar de perto, acompanhar, estar ali exige amor e perseverança.
Por isso, os melhores astros da sua vida são o pai e a mãe.
Estrela de televisão é bonito de vez em quando, mas as grandes estrelas são o pai e a mãe
e o seu filho querido.
_ _ Então a gente canta essa utopia linda de ficar apaixonado pelo pai e pela mãe, morrer
de saudade quando está longe.
E os pais morrerem de saudade dos filhos.
Isso é o sonho de um país, que vocês vivam permanentemente com saudade um do outro, porque
então é sinal de que não esqueceram.
Cantei [Em] comigo.
_ [C] _ _ [F] _ _
_ _ _ _ _ _ _ _
[C] _ _ [F] _ _ Oh [C] oh oh [Bb] oh, e [F] eu
Oh oh _ [Am] oh oh, [Bb] e [F] eu
Das _ muitas coisas [C] do meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança o aconchego [Bb] do meu lar.
No [Gm] fim da tarde, quando tudo se aquetava, [C] a família se [Gm] ajeitava, [C] lá não pende a [F] conversar.
_ Meus pais não tinham [C] nem escola, nem [F] dinheiro.
Todo dia, o ano inteiro, trabalhavam [Bb] sem parar.
_ _ Faltava tudo, mas a gente [F] nem ligava.
O importante não [Gm] faltava, [C] seu sorriso, [F] seu olhar.
Quero ouvir vocês!
_ _ [G] _
_ _ [F] _ _ Oh [C] oh oh _
_ _ [F] _ _ oh, [C] e [Bb] eu
Oh [F] _ _ oh [C] _
[Bb] oh oh, [F] _ _ e eu
E eu tantas vezes, [C] e meu pai chegar [F] cansado.
Mas aquilo era sagrado, um por um, [Bb] ele afagava.
_ [Gm] E perguntava, [C] quem fizer [Gm] estrefolia?
[C] E mamãe nos [Gm] defendia, [C] tudo aos poucos se [F] ajeitava.
[C] O [F] sol se punha, [C] a viola alguém [F] trazia.
[C] Todo mundo [F] então pedia, pro papai [Bb] cantar com a gente.
_ _ Desafinado, meio louco, e [F] hoje cansada, [Dm] ele cantava [Gm] metoada.
[C] Seu olhar no [F] sol, boa hein?
Canta aí, vó!
[C] _ _
[Bb] _ _ [F] _ _ _ _ [C] Saudade, né?
_ [F] _ _ _ _ [C] _ _
_ _ [F] _ _ Oh oh [C] oh oh, e eu
[F] _ _ _ Passou o tempo, [C] hoje eu vejo a [F] maravilha,
[C] De se ter uma [F] família, quando tantos [Bb] não a têm.
_ _ [Gm] Agora falam, [C] do desquite, do [Gm] divórcio.
[C] O amor virou [Gm] consórcio, [C] compromisso de [F] ninguém.
_ [C] E há tantos filhos, que bem mais do que um [F] palácio,
Gostariam de um abraço, e do carinho entre [Bb] seus pais.
Se os pais amassem, o divórcio não [Am] haveria.
Chamam isso de [Gm] utopia.
Eu [C] _ a isso _ _ chamo.
[F] _ _ _ [Bb] _ _ _ _ [F] _ _ _ [C] _ _ [F] _ _ _