Chords for Pedro Barroso | Tributo a José Saramago [1922-2010]

Tempo:
95.6 bpm
Chords used:

Em

B

D

E

F#

Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
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Pedro Barroso | Tributo a José Saramago [1922-2010] chords
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A minha amizade com o Zé Saramago é natural também da Guganda, da Arzinhaga.
Ah, fiz uma vez uma canção a meios com ele, com cuidado, respeitinhos.
Com o prémio Nobel, não é?
Sou coautor de um prémio [Em] Nobel.
Calhou realmente da vez isso [B] acontecer.
[Em]
Ao princípio [Em] sou por apenas [B] um arrepio de escamas,
por [Em] passar de sombra [D] como de nuvem marinha,
[Em] a se esgarce [B] nos radiais [Em] da maduça.
Não [D] se dirá que o [Em] mar se comoveu
[B] e que a onda vai [Em] formar-se desde o frango.
No [D] embalo da água oscilam [Em] peixes e das algas.
As [B] astas serpentinas à [Em] corrente se dobram,
[D] como ao vento [Em] as searas da terra [B] e as grinas [Em] dos cavalos.
[B] Entre dois [Em] infinitos de azul a onda vem,
[B] toda de sal, vestida [Em] e rebrilhante,
[D] líquido o corpo, dedos, [Em] reflexos, sangue.
[B] Da terra ao vento, o corpo [Em] para ela,
[D] tal o mar [E] socioso [Em] para a fêmea aberta,
[B] transportando consigo [Em] o pó das flores,
[B] fecundada a onda rola a gona, [Em] trovejando,
na [B] corrida para o porto que as espera,
[D] no leito de [E] negras rochas que [Em] na costa
se adorna de mil vidas [Em] fervilhantes.
Mais [B] alto ainda [Em] as águas se suspendem,
[D] e no segundo final a [Em] gestação imensa,
[D] e quando num floror [Em] da vida que começa,
[B] a onda se desparaça no rocher.
O envol, [F#] o cis, o [Em] aperna e de laçada,
[D] da branca espuma, do sol, do [Em] vento que soprou,
[B] dos peixes, das flores e [Em] do seu pólen,
das algas, [D] [E] drémulas, do tribo, [Em] dos braços, da medusa,
das [B] crinas, dos cavais, do mar, da vida toda,
nasce [B] a fraudina amor,
nasce o teu [Em]
corpo.
Key:  
Em
121
B
12341112
D
1321
E
2311
F#
134211112
Em
121
B
12341112
D
1321
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_ A minha amizade com o Zé Saramago é natural também da Guganda, da Arzinhaga.
Ah, fiz uma vez uma canção a meios com ele, com cuidado, respeitinhos.
Com o prémio Nobel, não é?
Sou coautor de um prémio [Em] Nobel.
Calhou realmente da vez isso [B] acontecer.
_ _ _ _ _ [Em] _ _
Ao princípio _ _ _ _ _ [Em] sou por apenas _ [B] um arrepio de escamas,
por [Em] passar de sombra _ [D] como de nuvem marinha,
[Em] a se esgarce _ [B] nos radiais _ [Em] da maduça.
_ _ Não [D] se dirá que o [Em] mar se comoveu
[B] e que a onda vai [Em] formar-se desde o frango.
No [D] embalo da água oscilam [Em] peixes e das algas.
As [B] astas serpentinas à [Em] corrente se dobram,
[D] como ao vento [Em] as searas da terra _ [B] e as grinas _ [Em] dos cavalos.
_ [B] Entre dois _ [Em] infinitos de azul a onda vem,
[B] toda de sal, vestida [Em] e rebrilhante,
_ [D] líquido o corpo, dedos, [Em] reflexos, sangue.
[B] Da terra ao vento, o corpo [Em] para ela,
[D] tal o mar [E] socioso [Em] para a fêmea aberta,
_ [B] transportando consigo [Em] o pó das flores,
[B] fecundada a onda rola a gona, [Em] trovejando,
na [B] corrida para o porto que as espera,
_ [D] no leito de [E] negras rochas que [Em] na costa
se adorna de mil vidas [Em] fervilhantes.
_ _ _ Mais [B] alto ainda [Em] as águas se suspendem,
[D] e no segundo final a [Em] gestação imensa,
_ [D] e quando num floror [Em] da vida que começa,
[B] a onda se desparaça no rocher.
_ O envol, [F#] o cis, o [Em] aperna e de laçada,
_ [D] da branca espuma, do sol, do [Em] vento que soprou,
[B] dos peixes, das flores e [Em] do seu pólen,
das algas, [D] [E] drémulas, do tribo, [Em] dos braços, da medusa,
das [B] crinas, dos cavais, do mar, da vida toda,
nasce [B] a fraudina amor, _ _ _ _ _
nasce o teu _ _ _ _ [Em]
corpo. _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _
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