Chords for Poema "Meu Melhor Amigo" recitado por Rolando Boldrin

Tempo:
170.9 bpm
Chords used:

E

C

A

B

F

Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
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Poema "Meu Melhor Amigo" recitado por Rolando Boldrin chords
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[F] [B]
[Am]
[Am]
[C] Eu tive um [E] amigo,
[Gb] amigo.
[F] Amigo é bom a gente [G] explicar, né?
[F] Porque a tarde, [G] amizade, [E] em todos os [B] cantos, cidades, [Bb] já deu muito o que falar.
[B] Esse meu amigo que eu falo [E] [C] era [D] o surtão, um [Em] cachorro, que eu encontrei lá [A] no morro,
[C]
no meio de uns gravatas.
Cachorro [Gb] mestiço a lobo, perigoso, [B] [F] difícil de se criar.
[E] Mas esse era mansinho, era fiotinho, novinho, cachorrinho sem [E] nome, estava morrendo de fome,
que dava [G] pena de [A] olhar.
[Am]
Então eu [F] peguei, [Dm] levei ele lá [Gb] pra casa, [E] tratei, cuidei e me pus [A] a lhe acarinhar.
[B] Então virou um amigo, [Em] um parente, um [C] irmão, [E] um filho, sei [A] lá.
[Em] [F]
Nesse tempo [E] eu já vivia num rancho pobre que eu tinha, [F] só eu e mais meu [Bb] filhinho de um
ano [Dm] e meio, dois anos.
[A] Minha mulher, coitadinha, com o Joãozinho ainda [Db] pequeno, [C] acabou adoecendo, foi definhando,
[Gb] murchando e sem ter [D] nenhum recurso acabou assim [B] morrendo.
Eu [E] fiquei desesperado com a morte da minha mulher, [G] eu quase perco [F] a cabeça, [C] mas juro
[D] por Deus em terra, [E] por mais coisa que [A] aconteça no mundo, [E] eu sei que não vai.
Com qualquer dor [E] ou paixão, ainda mais se sendo [C] um pai [B] que tiver nos seus cuidados um
[A] filhinho abençoado como eu [Dm] tinha o meu João.
[E] [Em] Então naquele ranchinho [F] era eu, o meu filhinho [Bb] e [Dm] agora esse cachorrinho que eu [Dbm] batizei de [G] Surtão.
O Surtão logo [C] encorpou, cachorro [E] cresce depressa, [C] um bicho grande ficou, [E] mas mesmo sendo grandão,
[C] dava [A] gosto a gente olhar.
O meu menino e o cão brincando lá [F] no quintal, lá no terreiro de casa, [G] era igual a duas
crianças, [Em] dois meninos inocentes [C] brincando muito [G] contente, dois passarinhos sem asas,
era [E] bonito de [A] ver.
[F] Uma tarde,
[Db] [B] ah, tarde ingrata, [Bb] nem gosto [C] de me alembrar.
[E] Eu garrei minha [Bm] espingarda, que eu tenho [Am] mó de caçar, porque só [Ab] ansinha que se [A] come
um naco de [Db] carne por lá, [D]
[E] deixei os dois ali brincando e me afundei pela mata, mata [E] fechada,
feia, [Gb] escura, [E] em [Am] teguloar.
[Em] Andei umas par de horas, me afundei pra mata [A] fora e fui [Bb] longe como quê?
[F] A noite caiu [Db] depressa, [B] mas eu entretido, abessa, nem cheguei a [Bb] perceber.
[Am] De repente uma atrovoada,
[D] relâmpago [Am] riscando o céu, as nuvens negras aflomando, como se
fosse [E] um chapéu.
[B] Foi aí que, [Em] num assombro, [Am] num susto de, [Dbm] ai meu Deus, [A] disparou meu [Dm] coração.
Eu me alembrei [Em] num ter deixado nenhum [Am] resto de comida pra alimentar o surtão.
[Ab] Ah, [C] desimbestei feito um louco e as [Db] ideias pouco a pouco ia afromando a [Bbm] desgraça.
[C] Na minha cabeça eu via meu [Gb] fiinho estraçalhado pelo [D] surtão esfumeado, por essa [E] fera de raça.
Fui correndo, fui correndo, caindo pelos [Am] caminhos, pedindo a Deus um cadinho de força,
de modo a eu chegar em tempo [Ab] de lhe salvar.
[A] A tempestade mais forte trazia um cheiro de [F] morte [Em] em vez de [B] cheiro de mato.
[Ebm] Parece que aquele [B] ingrato do mundo [E] ia se acabar.
[D] Ah, meu Deus, nosso Senhor.
Cheguei no rancho [F] e o que eu vi?
[G] Minhas pernas bambiou.
[D] [B] É, saiu de dentro de casa, abanou no rabo pra mim o [E] surtão, [D] ensanguentado.
[E] E eu, mais que desesperado, já não pensei em mais nada, com a minha arma engateada,
puxei [Gb] sem dó e com raiva, e num estrundo que ela [Bm] deu, o surtão [A] rudupiano caiu pertinho,
[Fm] sangrando, [Am] morrendo nos pés de eu.
[D] [Am] [Bm]
Eu [Gb] tava [C] cego de medo [Em]
de tudo que [Cm] eu imaginava.
[B] Eu tava meio alocado, [Bbm]
por isso eu fiz [A] o que fiz.
[Ab] Nisso, [Bb] saiu do meu rancho meu fiinho,
[C] são e sarvo, [B]
inteirinho.
E quando [Bb] olhou lá pro chão, em vez de [Gbm] vir me abraçar, saiu numa [Ab] disparada, chorando,
chorando [G] e se [Em] abraçando com o surtão, [Db] ficou ali um [C] tempão.
[Bb] Depois me garrou na mão [Bbm] e me levou [A] até a porta lá do rancho.
[D] nós dois entendemos [Bm] tudo, tudo direitinho.
[E] Só pra [Gbm]
salvar meu [A] fiinho daquele grande [Am] perigo, o [Bm] surtão tinha matado, em [C] luta desesperada,
[G] uma [Cm] grande onça [Eb] das pintadas.
[B] E eu, [Bbm]
eu [Bbm] matei meu amigo.
[A] [Ab]
[N]
Key:  
E
2311
C
3211
A
1231
B
12341112
F
134211111
E
2311
C
3211
A
1231
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_ _ _ _ _ [F] _ _ [B] _
_ _ _ [Am] _ _ _ _ _
_ _ _ [Am] _ _ _ _ _
_ [C] Eu tive um [E] amigo, _ _
_ _ [Gb] _ amigo. _ _
[F] Amigo é bom a gente [G] explicar, né?
_ [F] Porque a tarde, [G] amizade, _ [E] em todos os [B] cantos, cidades, _ [Bb] já deu muito o que falar.
_ [B] _ _ Esse meu amigo que eu falo [E] _ [C] era _ [D] o surtão, um [Em] cachorro, _ _ que eu encontrei lá [A] no morro,
[C]
no meio de uns gravatas. _ _ _ _
Cachorro [Gb] mestiço a lobo, _ perigoso, _ [B] _ _ [F] difícil de se criar.
[E] _ _ Mas esse era mansinho, era _ fiotinho, novinho, _ cachorrinho sem [E] nome, estava morrendo de fome,
que dava [G] pena de [A] olhar.
_ _ [Am] _
Então eu [F] peguei, _ [Dm] levei ele lá [Gb] pra casa, [E] tratei, _ cuidei e me pus [A] a lhe acarinhar.
_ _ _ [B] Então virou um amigo, _ [Em] _ _ um parente, um [C] irmão, _ [E] um filho, _ _ sei [A] lá.
[Em] _ _ [F] _ _
Nesse tempo [E] eu já vivia num rancho pobre que eu tinha, _ [F] _ só eu e mais meu [Bb] filhinho de um
ano [Dm] e meio, dois anos.
_ _ [A] Minha mulher, _ coitadinha, com o Joãozinho ainda [Db] pequeno, _ _ [C] acabou adoecendo, foi definhando,
[Gb] murchando _ e sem ter [D] nenhum recurso _ _ _ acabou assim [B] morrendo. _
_ Eu [E] fiquei _ desesperado com a morte da minha mulher, [G] eu quase perco [F] a cabeça, [C] _ mas juro
[D] por Deus em terra, _ [E] por mais coisa que [A] aconteça no mundo, _ [E] eu sei que não vai.
_ Com qualquer dor [E] ou paixão, ainda mais se sendo [C] um pai [B] que tiver nos seus cuidados um
[A] filhinho abençoado como eu [Dm] tinha _ o meu João.
[E] _ _ [Em] Então naquele ranchinho _ [F] era eu, _ o meu filhinho _ [Bb] e [Dm] agora esse cachorrinho que eu [Dbm] batizei de _ [G] Surtão.
_ _ _ _ O Surtão logo _ [C] encorpou, _ cachorro [E] cresce depressa, _ [C] um bicho grande ficou, _ [E] _ _ _ mas mesmo sendo grandão,
_ [C] dava [A] gosto a gente olhar.
_ O meu menino e o cão _ brincando lá [F] no quintal, lá no terreiro de casa, [G] era igual a duas
crianças, _ [Em] dois meninos _ inocentes _ _ [C] brincando muito [G] contente, _ _ dois _ passarinhos sem asas,
era [E] _ bonito de [A] ver.
_ _ _ [F] Uma tarde, _
[Db] _ _ _ _ [B] ah, tarde ingrata, [Bb] nem gosto [C] de me alembrar. _
_ [E] _ Eu garrei minha [Bm] espingarda, que eu tenho [Am] mó de caçar, porque só [Ab] ansinha que se [A] come
um naco de [Db] carne por lá, [D] _ _ _
[E] deixei os dois ali brincando _ e me afundei pela mata, mata [E] fechada,
_ feia, [Gb] escura, [E] em [Am] teguloar.
_ _ [Em] _ Andei umas par de horas, _ me afundei pra mata [A] fora e fui _ [Bb] longe como quê?
_ [F] A noite caiu _ [Db] depressa, _ [B] mas eu entretido, abessa, nem cheguei a [Bb] perceber.
_ _ [Am] De repente uma atrovoada, _
[D] _ relâmpago [Am] riscando o céu, as nuvens negras _ aflomando, como se
fosse [E] um chapéu.
_ [B] _ Foi aí que, [Em] num _ assombro, _ [Am] num susto de, [Dbm] _ _ ai meu Deus, _ [A] _ disparou meu [Dm] coração.
Eu me alembrei [Em] num ter deixado nenhum [Am] resto de comida pra alimentar o surtão.
_ [Ab] Ah, [C] desimbestei feito um louco e as [Db] ideias pouco a pouco ia afromando a [Bbm] desgraça.
[C] Na minha cabeça eu via meu [Gb] fiinho _ estraçalhado pelo [D] surtão _ esfumeado, por essa [E] fera de raça.
Fui correndo, fui correndo, caindo pelos [Am] caminhos, pedindo a Deus um cadinho de força,
de modo a eu chegar em tempo [Ab] de lhe salvar.
_ [A] A tempestade mais forte trazia um cheiro de [F] morte [Em] em vez de [B] cheiro de mato.
_ [Ebm] Parece que aquele [B] ingrato do mundo _ _ [E] ia se acabar.
_ _ _ [D] Ah, meu Deus, nosso Senhor.
Cheguei no rancho _ [F] e o que eu vi?
_ _ [G] Minhas pernas bambiou.
[D] _ _ [B] É, saiu de dentro de casa, abanou no rabo pra mim o [E] surtão, _ _ _ [D] ensanguentado.
[E] E eu, mais que desesperado, já não pensei em mais nada, com a minha arma engateada,
puxei [Gb] sem dó e com raiva, e num estrundo que ela [Bm] deu, o surtão _ [A] rudupiano caiu _ _ pertinho,
[Fm] sangrando, [Am] _ _ morrendo nos pés de eu.
_ [D] _ [Am] _ _ [Bm] _ _
Eu [Gb] tava [C] cego de medo _ [Em] _
de tudo que [Cm] eu imaginava. _ _
[B] Eu tava meio alocado, [Bbm] _ _
por isso eu fiz [A] o que fiz. _ _ _
[Ab] _ Nisso, _ _ [Bb] saiu do meu rancho _ meu fiinho, _ _
[C] _ são e sarvo, _ [B] _
inteirinho.
_ E quando [Bb] olhou lá pro chão, em vez de [Gbm] vir me abraçar, saiu numa _ [Ab] disparada, chorando,
chorando [G] e se [Em] abraçando com o surtão, [Db] ficou ali um [C] tempão.
[Bb] _ _ _ _ Depois me garrou na mão [Bbm] e me levou [A] até a porta lá do rancho.
[D] nós dois entendemos [Bm] tudo, tudo direitinho.
_ [E] Só pra [Gbm]
salvar meu [A] fiinho _ daquele grande [Am] perigo, _ o [Bm] surtão tinha _ matado, em [C] luta _ desesperada,
[G] _ uma [Cm] grande onça [Eb] das pintadas.
_ [B] E eu, _ _ [Bbm] _
eu [Bbm] matei meu amigo.
[A] _ _ _ _ _ _ _ _ _ [Ab] _ _
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[N] _ _ _ _ _ _ _ _
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