Chords for Rádio Comercial - Marisa Liz Fala sobre Guerra Nuclear nas Manhãs da Comercial
Tempo:
97.9 bpm
Chords used:
G
F#
F
E
C
Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
Start Jamming...
Marisa, parabéns em primeiro lugar.
Parabéns.
Obrigada.
É uma coisa especial.
Quando estreámos a música foi de tal maneira emocionante
que passámos a música duas vezes seguidas
e depois passámos uma terceira nessa manhã
porque as pessoas pediam e pediam e pediam.
As pessoas deliraram.
[A#] Fala, conta-nos a história toda.
Como é que isto [D#] aparece?
Ui, bem, bom dia a todos.
Bom dia.
Pronto, nós, os herdeiros acham que isto foi feito por volta de 83.
Ninguém tem a certeza da data.
[G] Pela gravação dá-nos a entender que ele já tinha parte da banda
por isso é que estamos a proficiar.
Nessa altura, esta canção foi para a Universal
com uma vontade da parte dos herdeiros de várias pessoas cantarem.
Sim.
[G#] E eu, [F#] coincidência, foi uma coincidência,
eu fui a primeira a ouvir a canção e lutei.
E disseste logo, isto não vai ser para mais ninguém, quer dizer eu.
Lutei por ela.
[E] Considero-me uma pessoa que partilha quase tudo na minha vida.
Tudo o que eu tenho.
[G#]
E quando ouvi esta canção não era uma questão de querer cantá-la,
eu precisava de cantar isto.
Eu precisava [C] mesmo dizer estas coisas.
Eu estou a preparar o meu novo disco, tenho várias [E] canções,
estava, que eu adoro e espero que vocês depois gostem quando o disco sair,
mas a primeira canção que eu ia apresentar
eu ainda estava bastante confusa com o que é que seria.
Quando me aparece isto, eu sabia que esta seria a minha
Fez de todo o sentido.
A minha porta.
Foi um presente do universo.
Não ia sozinha, ia com o António.
Portanto, ir com o António é quase ir com Deus.
Foi um presente do universo onde eu ouvi a gravação do António
a cantar isto [F] sozinho.
Portanto, eu que [Gm] sou uma pessoa que não me emociono facilmente,
chorei Desculpa, Rimaldo.
Sim, sim.
[F#] Chorei babirrenho a ouvir isto.
Entretanto, eles pediram para eu fazer uma maqueta dos [G] Herdeiros
porque precisavam de ouvir a canção com a minha voz.
[D] Eu tentei gravar.
Chegava à metade da música e começava a chorar
[N] por causa da letra, por causa do António.
Puse em causa.
Isto se calhar não é para mim.
Eu nem devia ser cantora.
Eu vou fazer bolos.
Foi horrível.
Comecei a entrar.
Eu vou fazer bolos.
Comecei a questionar tudo na minha vida.
Entretanto, eu estava com o Diogo Branco e ele disse-me
que eu devia gravar isto e que eu devia acabar com esta conversa.
Se faz favor.
E parece que não correu mal.
O Pedro Santos está a ouvir-nos no Reino Unido
e diz que simplesmente tive que parar a carrinha,
fechar os olhos e dei por mim com as lágrimas a cair pela cara abaixo.
Muito e muito obrigado.
Parabéns, Marisa.
Quando se faz música e isto chega às pessoas desta maneira,
se calhar vais ter que adiar a esse projeto de fazer bolos, não?
Pois é.
Eu continuo a fazer bolos.
Ao mesmo tempo que faço música.
Fazes bolos, mas consideras-te uma boa boleira?
Não.
Não.
Eu só faço bolos para os meninos.
Mais ninguém me pede, Marca.
Eles é que não sabem.
Pode trazer.
Ainda não se chegaram à qualidade.
A chatar bem.
Eu sou a pessoa que tem uma caixa de [E] pastéis de nata à frente.
Não é porque já estão a comer.
É só porque [F#] tenho uma fama.
Ou Marisa
Mas qualquer dia mandam um bolo para aqui.
Ah, está bem.
Sim.
Uma das coisas que nós elogiámos na canção, assim que a ouvimos pela [F] primeira, segunda
e terceira vez na mesma manhã, foi a produção e a estética sonora, que não só respeita
o original, porque há muitas variações, mas também está com um pé já em 2022.
Isso é também parte de um rapaz chamado Mugnex.
E queria que falasses o porquê da [G] escolha deste rapaz chamado Luís.
Bem, quando a música me chegou, a música estava despida completamente.
Nada a ver com o que eu estava a fazer.
A história [D#] disso que vocês ouvem [Gm] existia.
Tínhamos um beatzinho, uma guitarra e a voz do Variações, que fazia a cena sozinha.
O Mugnex, nós já estávamos a trabalhar no meu disco e quando este surgiu, para mim
foi óbvio que teria que trabalhar em conjunto com ele.
E foi uma produção que fizemos
Eu a iniciar o meu caminho na produção também, onde ele deu essa liberdade
[F] Aliás, não foi de eu, eu quase que o obriguei também.
[D] [F#] E ele rapidamente percebeu que ia ter de ouvir esta mulher.
Estava a fazer tudo na tua carreira, [G] mas o momento em que ouviste a música [F#] a primeira
vez e disseste, vou [E] ser eu, quero ser eu, e tu disseste, eu lutei por [Gm] isto, foi uma
grande decisão na tua vida.
[N] Foi uma das maiores que eu tomei.
Eu não sei o que vai acontecer no futuro de cada um de nós.
Isto a mim já ninguém me tinha.
A mim, eu estou a cantar com o António Variações.
Eu ainda nem acredito, eu começo a falar disto e começo a chorar outra vez.
Não é possível.
Se vocês ouvissem o irmão dele a falar sobre
Porque agora toda a gente gosta do António.
Toda a gente diz que ele [G] estava à frente do tempo, que ele era maravilhoso, que ele era criativo
Na altura não foi fácil para o António Variações ser quem ele era.
E ouvir o irmão
O António vinha de uma aldeia, percebes?
Nem sequer era do centro de uma cidade, não era urbano.
É tudo tão importante, tão profundo.
Alguém que vem de uma aldeia nos anos 70 [F#] e consegue afirmar-se à frente de toda a
gente, independentemente das pessoas aceitarem, [G] perceberem ou não.
Ele ensinou-nos muito daquilo que nós [C#] conhecemos como liberdade.
E a influência dele [A] na música é [F#] tão mais impressionante se nós tivermos a linha de
conta os [F] poucos anos em que nós podemos ter contato com a música dele.
São dois discos.
Eu penso nisso imensas vezes quando ouço o Variações, que é
Caramba, as canções que faltou nós conhecermos e ele fazer para nós conhecermos mais.
Mas eu acho que ainda há mais.
Há muita gente a perguntar isso.
Mas espera, ainda não respondi ao Vasco.
Tivemos várias conversas sobre [G] a produção desta canção e aquilo que chegámos em conversa
foi que gostaríamos que se o [C] Variações fosse vivo em 2022 e se fizesse a produção
desta [Gm] canção, nós [N] achamos que poderia ser por aqui.
Mas não temos a certeza, nem imaginar agora se onde está a rogar pragas e incendios.
Que horror!
Não queria nada disto!
E para que é que o Sérgio vai cantar?
Ela preparou [G] muito bem o caminho para eu depois cantar nesta música.
Isso foi a minha intenção, foi estar a preparar a música.
[F#] O crescendo daquilo para [Gm] quando entra a voz dele.
Olha o crescendo, como falávamos há pouco.
Quando o vídeo chegar lá acima ele também vai dizer
não fui eu que fiz, mas belo cabelo.
Não, mas há que falar do vídeo.
O vídeo está inacreditável.
O vídeo é do João Baia, que é [F] um realizador [C#] incrível.
E quem fez o filme do Variações.
[D#] E a boina e os [F] brincos são do António Variações.
[G] Este é dele, tem outro, cor de rosa, tem a boina, tem um cinto.
[G] Isto é [Em] dele mesmo?
Isto é [B] mesmo dele, sim.
Que a minha mãe [C] teve que cozer, teve que pôr aqui um [E] tecido.
Para tu teres noção.
A [G] tua mãe [F#] cozeu uma boina do Variações?
Sem pressão nenhuma.
Eu disse, mãe, está aqui [C] uma parte que tem que se cozer.
E ela, está bem, deixa aí em cima da mesa.
E eu, não mãe, [E] acho que não estás a perceber.
Isto era do António Variações.
Ah Marisa, era preferível que não me tivesses tido.
[F] Isso é incrível, tem verdade.
Sem pressão, isto era do [F#] António Variações.
Agora coze aí.
História da cultura popular.
Obrigada, mãe.
Obrigado nós, em nosso nome e em nome da Rádio.
Tu mereces isto.
Estás [D#] linda e cheiras muito bem.
Obrigada.
Mais ninguém faria isto tão bem.
[Gm] [E] Marisa, beijinhos, muito obrigado.
Obrigada a [G] todos.
Passem esta mensagem.
Não diga canção.
Mas passem esta mensagem.
Nós vamos a tempo de ser melhores.
O António sabia disso.
[C] Ensinou-nos.
Vamos ouvi-lo.
[A#] Obrigada, Molinex.
Obrigada, Diogo [F] Branco.
Obrigada, Universal.
[G] E obrigado aos herdeiros.
[C]
Parabéns.
Obrigada.
É uma coisa especial.
Quando estreámos a música foi de tal maneira emocionante
que passámos a música duas vezes seguidas
e depois passámos uma terceira nessa manhã
porque as pessoas pediam e pediam e pediam.
As pessoas deliraram.
[A#] Fala, conta-nos a história toda.
Como é que isto [D#] aparece?
Ui, bem, bom dia a todos.
Bom dia.
Pronto, nós, os herdeiros acham que isto foi feito por volta de 83.
Ninguém tem a certeza da data.
[G] Pela gravação dá-nos a entender que ele já tinha parte da banda
por isso é que estamos a proficiar.
Nessa altura, esta canção foi para a Universal
com uma vontade da parte dos herdeiros de várias pessoas cantarem.
Sim.
[G#] E eu, [F#] coincidência, foi uma coincidência,
eu fui a primeira a ouvir a canção e lutei.
E disseste logo, isto não vai ser para mais ninguém, quer dizer eu.
Lutei por ela.
[E] Considero-me uma pessoa que partilha quase tudo na minha vida.
Tudo o que eu tenho.
[G#]
E quando ouvi esta canção não era uma questão de querer cantá-la,
eu precisava de cantar isto.
Eu precisava [C] mesmo dizer estas coisas.
Eu estou a preparar o meu novo disco, tenho várias [E] canções,
estava, que eu adoro e espero que vocês depois gostem quando o disco sair,
mas a primeira canção que eu ia apresentar
eu ainda estava bastante confusa com o que é que seria.
Quando me aparece isto, eu sabia que esta seria a minha
Fez de todo o sentido.
A minha porta.
Foi um presente do universo.
Não ia sozinha, ia com o António.
Portanto, ir com o António é quase ir com Deus.
Foi um presente do universo onde eu ouvi a gravação do António
a cantar isto [F] sozinho.
Portanto, eu que [Gm] sou uma pessoa que não me emociono facilmente,
chorei Desculpa, Rimaldo.
Sim, sim.
[F#] Chorei babirrenho a ouvir isto.
Entretanto, eles pediram para eu fazer uma maqueta dos [G] Herdeiros
porque precisavam de ouvir a canção com a minha voz.
[D] Eu tentei gravar.
Chegava à metade da música e começava a chorar
[N] por causa da letra, por causa do António.
Puse em causa.
Isto se calhar não é para mim.
Eu nem devia ser cantora.
Eu vou fazer bolos.
Foi horrível.
Comecei a entrar.
Eu vou fazer bolos.
Comecei a questionar tudo na minha vida.
Entretanto, eu estava com o Diogo Branco e ele disse-me
que eu devia gravar isto e que eu devia acabar com esta conversa.
Se faz favor.
E parece que não correu mal.
O Pedro Santos está a ouvir-nos no Reino Unido
e diz que simplesmente tive que parar a carrinha,
fechar os olhos e dei por mim com as lágrimas a cair pela cara abaixo.
Muito e muito obrigado.
Parabéns, Marisa.
Quando se faz música e isto chega às pessoas desta maneira,
se calhar vais ter que adiar a esse projeto de fazer bolos, não?
Pois é.
Eu continuo a fazer bolos.
Ao mesmo tempo que faço música.
Fazes bolos, mas consideras-te uma boa boleira?
Não.
Não.
Eu só faço bolos para os meninos.
Mais ninguém me pede, Marca.
Eles é que não sabem.
Pode trazer.
Ainda não se chegaram à qualidade.
A chatar bem.
Eu sou a pessoa que tem uma caixa de [E] pastéis de nata à frente.
Não é porque já estão a comer.
É só porque [F#] tenho uma fama.
Ou Marisa
Mas qualquer dia mandam um bolo para aqui.
Ah, está bem.
Sim.
Uma das coisas que nós elogiámos na canção, assim que a ouvimos pela [F] primeira, segunda
e terceira vez na mesma manhã, foi a produção e a estética sonora, que não só respeita
o original, porque há muitas variações, mas também está com um pé já em 2022.
Isso é também parte de um rapaz chamado Mugnex.
E queria que falasses o porquê da [G] escolha deste rapaz chamado Luís.
Bem, quando a música me chegou, a música estava despida completamente.
Nada a ver com o que eu estava a fazer.
A história [D#] disso que vocês ouvem [Gm] existia.
Tínhamos um beatzinho, uma guitarra e a voz do Variações, que fazia a cena sozinha.
O Mugnex, nós já estávamos a trabalhar no meu disco e quando este surgiu, para mim
foi óbvio que teria que trabalhar em conjunto com ele.
E foi uma produção que fizemos
Eu a iniciar o meu caminho na produção também, onde ele deu essa liberdade
[F] Aliás, não foi de eu, eu quase que o obriguei também.
[D] [F#] E ele rapidamente percebeu que ia ter de ouvir esta mulher.
Estava a fazer tudo na tua carreira, [G] mas o momento em que ouviste a música [F#] a primeira
vez e disseste, vou [E] ser eu, quero ser eu, e tu disseste, eu lutei por [Gm] isto, foi uma
grande decisão na tua vida.
[N] Foi uma das maiores que eu tomei.
Eu não sei o que vai acontecer no futuro de cada um de nós.
Isto a mim já ninguém me tinha.
A mim, eu estou a cantar com o António Variações.
Eu ainda nem acredito, eu começo a falar disto e começo a chorar outra vez.
Não é possível.
Se vocês ouvissem o irmão dele a falar sobre
Porque agora toda a gente gosta do António.
Toda a gente diz que ele [G] estava à frente do tempo, que ele era maravilhoso, que ele era criativo
Na altura não foi fácil para o António Variações ser quem ele era.
E ouvir o irmão
O António vinha de uma aldeia, percebes?
Nem sequer era do centro de uma cidade, não era urbano.
É tudo tão importante, tão profundo.
Alguém que vem de uma aldeia nos anos 70 [F#] e consegue afirmar-se à frente de toda a
gente, independentemente das pessoas aceitarem, [G] perceberem ou não.
Ele ensinou-nos muito daquilo que nós [C#] conhecemos como liberdade.
E a influência dele [A] na música é [F#] tão mais impressionante se nós tivermos a linha de
conta os [F] poucos anos em que nós podemos ter contato com a música dele.
São dois discos.
Eu penso nisso imensas vezes quando ouço o Variações, que é
Caramba, as canções que faltou nós conhecermos e ele fazer para nós conhecermos mais.
Mas eu acho que ainda há mais.
Há muita gente a perguntar isso.
Mas espera, ainda não respondi ao Vasco.
Tivemos várias conversas sobre [G] a produção desta canção e aquilo que chegámos em conversa
foi que gostaríamos que se o [C] Variações fosse vivo em 2022 e se fizesse a produção
desta [Gm] canção, nós [N] achamos que poderia ser por aqui.
Mas não temos a certeza, nem imaginar agora se onde está a rogar pragas e incendios.
Que horror!
Não queria nada disto!
E para que é que o Sérgio vai cantar?
Ela preparou [G] muito bem o caminho para eu depois cantar nesta música.
Isso foi a minha intenção, foi estar a preparar a música.
[F#] O crescendo daquilo para [Gm] quando entra a voz dele.
Olha o crescendo, como falávamos há pouco.
Quando o vídeo chegar lá acima ele também vai dizer
não fui eu que fiz, mas belo cabelo.
Não, mas há que falar do vídeo.
O vídeo está inacreditável.
O vídeo é do João Baia, que é [F] um realizador [C#] incrível.
E quem fez o filme do Variações.
[D#] E a boina e os [F] brincos são do António Variações.
[G] Este é dele, tem outro, cor de rosa, tem a boina, tem um cinto.
[G] Isto é [Em] dele mesmo?
Isto é [B] mesmo dele, sim.
Que a minha mãe [C] teve que cozer, teve que pôr aqui um [E] tecido.
Para tu teres noção.
A [G] tua mãe [F#] cozeu uma boina do Variações?
Sem pressão nenhuma.
Eu disse, mãe, está aqui [C] uma parte que tem que se cozer.
E ela, está bem, deixa aí em cima da mesa.
E eu, não mãe, [E] acho que não estás a perceber.
Isto era do António Variações.
Ah Marisa, era preferível que não me tivesses tido.
[F] Isso é incrível, tem verdade.
Sem pressão, isto era do [F#] António Variações.
Agora coze aí.
História da cultura popular.
Obrigada, mãe.
Obrigado nós, em nosso nome e em nome da Rádio.
Tu mereces isto.
Estás [D#] linda e cheiras muito bem.
Obrigada.
Mais ninguém faria isto tão bem.
[Gm] [E] Marisa, beijinhos, muito obrigado.
Obrigada a [G] todos.
Passem esta mensagem.
Não diga canção.
Mas passem esta mensagem.
Nós vamos a tempo de ser melhores.
O António sabia disso.
[C] Ensinou-nos.
Vamos ouvi-lo.
[A#] Obrigada, Molinex.
Obrigada, Diogo [F] Branco.
Obrigada, Universal.
[G] E obrigado aos herdeiros.
[C]
Key:
G
F#
F
E
C
G
F#
F
Marisa, parabéns em primeiro lugar.
Parabéns.
Obrigada.
É uma coisa especial.
Quando estreámos a música foi de tal maneira emocionante
que passámos a música duas vezes seguidas
e depois passámos uma terceira nessa manhã
porque as pessoas pediam e pediam e pediam.
As pessoas deliraram.
[A#] Fala, conta-nos a história toda.
Como é que isto [D#] aparece?
Ui, bem, bom dia a todos.
Bom dia.
Pronto, nós, os herdeiros acham que isto foi feito por volta de 83.
Ninguém tem a certeza da data.
[G] Pela gravação dá-nos a entender que ele já tinha parte da banda
por isso é que estamos a proficiar.
Nessa altura, esta canção foi para a Universal _ _
com uma vontade da parte dos herdeiros de várias pessoas _ _ cantarem.
Sim.
[G#] E eu, [F#] coincidência, foi uma coincidência,
eu fui a primeira a ouvir a canção _ e lutei.
E disseste logo, isto não vai ser para mais ninguém, quer dizer eu.
Lutei por ela.
_ [E] Considero-me uma pessoa que partilha quase tudo na minha vida.
Tudo o que eu tenho.
[G#]
E quando ouvi esta canção não era uma questão de querer cantá-la,
eu precisava de cantar isto.
Eu precisava [C] mesmo dizer estas coisas.
Eu estou a preparar o meu novo disco, tenho várias [E] canções,
estava, que eu adoro e espero que vocês depois gostem quando o disco sair,
mas a primeira canção que eu ia apresentar
eu ainda estava bastante confusa com o que é que seria.
Quando me aparece isto, eu sabia que esta seria a minha_
Fez de todo o sentido.
A minha porta.
Foi um presente do universo.
Não ia sozinha, ia com o António.
Portanto, ir com o António é quase ir com Deus.
Foi um presente do universo onde eu ouvi a gravação do António
a cantar isto [F] sozinho.
Portanto, eu que [Gm] sou uma pessoa que não me emociono facilmente,
chorei_ Desculpa, Rimaldo.
Sim, sim.
[F#] _ Chorei babirrenho a ouvir isto. _
Entretanto, eles pediram para eu fazer uma maqueta dos [G] Herdeiros
porque precisavam de ouvir a canção com a minha voz.
[D] Eu tentei gravar.
Chegava à metade da música e começava a chorar
[N] por causa da letra, por causa do António.
Puse em causa.
Isto se calhar não é para mim.
Eu nem devia ser cantora.
Eu vou fazer bolos.
Foi horrível.
Comecei a entrar.
Eu vou fazer bolos.
Comecei a questionar tudo na minha vida.
Entretanto, eu estava com o Diogo Branco e ele disse-me
que eu devia gravar isto e que eu devia acabar com esta conversa.
Se faz favor.
E parece que não correu mal.
O Pedro Santos está a ouvir-nos no Reino Unido
e diz que simplesmente tive que parar a carrinha,
fechar os olhos e dei por mim com as lágrimas a cair pela cara abaixo.
Muito e muito obrigado.
Parabéns, Marisa.
Quando se faz música e isto chega às pessoas desta maneira,
se calhar vais ter que adiar a esse projeto de fazer bolos, não?
Pois é.
Eu continuo a fazer bolos.
Ao mesmo tempo que faço música.
Fazes bolos, mas consideras-te uma boa boleira?
Não.
Não.
Eu só faço bolos para os meninos.
Mais ninguém me pede, Marca.
Eles é que não sabem.
Pode trazer.
Ainda não se chegaram à qualidade.
A chatar bem.
Eu sou a pessoa que tem uma caixa de [E] pastéis de nata à frente.
Não é porque já estão a comer.
É só porque [F#] tenho uma fama.
_ Ou Marisa_
Mas qualquer dia mandam um bolo para aqui.
Ah, está bem.
Sim.
Uma das coisas que nós elogiámos na canção, assim que a ouvimos pela [F] primeira, segunda
e terceira vez na mesma manhã, foi a produção e a estética sonora, que não só respeita
o original, porque há muitas variações, mas também está com um pé já em 2022.
Isso é também parte de um rapaz chamado Mugnex.
E queria que falasses o porquê da [G] escolha deste rapaz chamado Luís.
Bem, quando a música me chegou, a música estava despida completamente.
Nada a ver com o que eu estava a fazer.
A história [D#] disso que vocês ouvem [Gm] existia.
Tínhamos um beatzinho, uma guitarra e a voz do Variações, que fazia a cena sozinha.
_ _ O Mugnex, nós já estávamos a trabalhar no meu disco e quando este surgiu, _ _ para mim
foi óbvio que teria que trabalhar em conjunto com ele.
E foi uma produção que fizemos_
Eu a iniciar o meu caminho na produção também, onde ele deu essa liberdade_
[F] Aliás, não foi de eu, eu quase que o obriguei também.
[D] _ _ [F#] _ E ele rapidamente percebeu que ia ter de ouvir esta mulher.
Estava a fazer tudo na tua carreira, [G] mas o momento em que ouviste a música [F#] a primeira
vez e disseste, vou [E] ser eu, quero ser eu, e tu disseste, eu lutei por [Gm] isto, foi uma
grande decisão na tua vida.
[N] Foi uma das maiores que eu tomei.
Eu não sei o que vai acontecer no futuro de cada um de nós.
Isto a mim já ninguém me tinha.
A mim, eu estou a cantar com o António Variações.
Eu ainda nem acredito, eu começo a falar disto e começo a chorar outra vez.
Não é possível.
Se vocês ouvissem o irmão dele a falar sobre_
_ Porque agora toda a gente gosta do António.
Toda a gente diz que ele [G] estava à frente do tempo, que ele era maravilhoso, que ele era criativo_
Na altura não foi fácil para o António Variações ser quem ele era.
E ouvir o _ irmão_
O António vinha de uma aldeia, percebes?
Nem sequer era do centro de uma cidade, não era urbano.
_ É tudo tão importante, tão profundo.
Alguém que vem de uma aldeia nos anos 70 [F#] e consegue afirmar-se à frente de toda a
gente, independentemente das pessoas aceitarem, [G] perceberem ou não.
Ele ensinou-nos muito daquilo que nós [C#] conhecemos como liberdade.
E a influência dele [A] na música é [F#] tão mais impressionante se nós tivermos a linha de
conta os [F] poucos anos em que nós podemos ter contato com a música dele.
São dois discos.
_ Eu penso nisso imensas vezes quando ouço o Variações, que é_
Caramba, as canções que faltou nós conhecermos e ele fazer para nós conhecermos mais.
Mas eu acho que ainda há mais.
Há muita gente a perguntar isso.
Mas espera, ainda não respondi ao Vasco.
Tivemos várias conversas sobre [G] a produção desta canção e aquilo que chegámos em conversa
foi que gostaríamos que se o [C] Variações fosse vivo em 2022 e se fizesse a produção
desta [Gm] canção, nós [N] achamos que poderia ser por aqui.
Mas não temos a certeza, nem imaginar agora se onde está a rogar pragas e incendios.
Que horror!
Não queria nada disto!
E para que é que o Sérgio vai cantar?
Ela preparou [G] muito bem o caminho para eu depois cantar nesta música.
Isso foi a minha intenção, foi estar a preparar a música. _
[F#] O crescendo daquilo para [Gm] quando entra a voz dele.
Olha o crescendo, como falávamos há pouco.
Quando o vídeo chegar lá acima ele também vai dizer
não fui eu que fiz, mas belo cabelo.
Não, mas há que falar do vídeo.
O vídeo está inacreditável.
O vídeo é do João Baia, que é [F] um realizador [C#] incrível.
E quem fez o filme do Variações.
[D#] E a boina e os [F] brincos são do António Variações.
[G] Este é dele, tem outro, cor de rosa, tem a boina, tem um cinto.
[G] Isto é [Em] dele mesmo?
Isto é [B] mesmo dele, sim.
Que a minha mãe [C] teve que cozer, teve que pôr aqui um [E] tecido.
Para tu teres noção.
A [G] tua mãe [F#] cozeu uma boina do Variações?
Sem pressão nenhuma.
Eu disse, mãe, está aqui [C] uma parte que tem que se cozer.
E ela, está bem, deixa aí em cima da mesa.
E eu, não mãe, [E] acho que não estás a perceber.
Isto era do António Variações.
Ah Marisa, era preferível que não me tivesses tido. _
_ [F] Isso é incrível, tem verdade. _ _ _ _
_ Sem pressão, isto era do [F#] António Variações.
Agora coze aí.
História da cultura popular.
Obrigada, mãe.
Obrigado nós, em nosso nome e em nome da Rádio.
Tu mereces isto.
Estás [D#] linda e cheiras muito bem.
Obrigada. _ _ _
_ Mais ninguém faria isto tão bem.
[Gm] _ [E] Marisa, beijinhos, muito obrigado.
Obrigada a [G] todos.
Passem esta mensagem.
Não diga canção.
Mas passem esta mensagem.
Nós vamos a tempo de ser melhores.
O António sabia disso.
[C] Ensinou-nos.
Vamos ouvi-lo.
[A#] Obrigada, Molinex.
Obrigada, Diogo [F] Branco.
Obrigada, Universal.
[G] E obrigado aos herdeiros.
_ [C] _ _ _ _ _ _ _ _ _
Parabéns.
Obrigada.
É uma coisa especial.
Quando estreámos a música foi de tal maneira emocionante
que passámos a música duas vezes seguidas
e depois passámos uma terceira nessa manhã
porque as pessoas pediam e pediam e pediam.
As pessoas deliraram.
[A#] Fala, conta-nos a história toda.
Como é que isto [D#] aparece?
Ui, bem, bom dia a todos.
Bom dia.
Pronto, nós, os herdeiros acham que isto foi feito por volta de 83.
Ninguém tem a certeza da data.
[G] Pela gravação dá-nos a entender que ele já tinha parte da banda
por isso é que estamos a proficiar.
Nessa altura, esta canção foi para a Universal _ _
com uma vontade da parte dos herdeiros de várias pessoas _ _ cantarem.
Sim.
[G#] E eu, [F#] coincidência, foi uma coincidência,
eu fui a primeira a ouvir a canção _ e lutei.
E disseste logo, isto não vai ser para mais ninguém, quer dizer eu.
Lutei por ela.
_ [E] Considero-me uma pessoa que partilha quase tudo na minha vida.
Tudo o que eu tenho.
[G#]
E quando ouvi esta canção não era uma questão de querer cantá-la,
eu precisava de cantar isto.
Eu precisava [C] mesmo dizer estas coisas.
Eu estou a preparar o meu novo disco, tenho várias [E] canções,
estava, que eu adoro e espero que vocês depois gostem quando o disco sair,
mas a primeira canção que eu ia apresentar
eu ainda estava bastante confusa com o que é que seria.
Quando me aparece isto, eu sabia que esta seria a minha_
Fez de todo o sentido.
A minha porta.
Foi um presente do universo.
Não ia sozinha, ia com o António.
Portanto, ir com o António é quase ir com Deus.
Foi um presente do universo onde eu ouvi a gravação do António
a cantar isto [F] sozinho.
Portanto, eu que [Gm] sou uma pessoa que não me emociono facilmente,
chorei_ Desculpa, Rimaldo.
Sim, sim.
[F#] _ Chorei babirrenho a ouvir isto. _
Entretanto, eles pediram para eu fazer uma maqueta dos [G] Herdeiros
porque precisavam de ouvir a canção com a minha voz.
[D] Eu tentei gravar.
Chegava à metade da música e começava a chorar
[N] por causa da letra, por causa do António.
Puse em causa.
Isto se calhar não é para mim.
Eu nem devia ser cantora.
Eu vou fazer bolos.
Foi horrível.
Comecei a entrar.
Eu vou fazer bolos.
Comecei a questionar tudo na minha vida.
Entretanto, eu estava com o Diogo Branco e ele disse-me
que eu devia gravar isto e que eu devia acabar com esta conversa.
Se faz favor.
E parece que não correu mal.
O Pedro Santos está a ouvir-nos no Reino Unido
e diz que simplesmente tive que parar a carrinha,
fechar os olhos e dei por mim com as lágrimas a cair pela cara abaixo.
Muito e muito obrigado.
Parabéns, Marisa.
Quando se faz música e isto chega às pessoas desta maneira,
se calhar vais ter que adiar a esse projeto de fazer bolos, não?
Pois é.
Eu continuo a fazer bolos.
Ao mesmo tempo que faço música.
Fazes bolos, mas consideras-te uma boa boleira?
Não.
Não.
Eu só faço bolos para os meninos.
Mais ninguém me pede, Marca.
Eles é que não sabem.
Pode trazer.
Ainda não se chegaram à qualidade.
A chatar bem.
Eu sou a pessoa que tem uma caixa de [E] pastéis de nata à frente.
Não é porque já estão a comer.
É só porque [F#] tenho uma fama.
_ Ou Marisa_
Mas qualquer dia mandam um bolo para aqui.
Ah, está bem.
Sim.
Uma das coisas que nós elogiámos na canção, assim que a ouvimos pela [F] primeira, segunda
e terceira vez na mesma manhã, foi a produção e a estética sonora, que não só respeita
o original, porque há muitas variações, mas também está com um pé já em 2022.
Isso é também parte de um rapaz chamado Mugnex.
E queria que falasses o porquê da [G] escolha deste rapaz chamado Luís.
Bem, quando a música me chegou, a música estava despida completamente.
Nada a ver com o que eu estava a fazer.
A história [D#] disso que vocês ouvem [Gm] existia.
Tínhamos um beatzinho, uma guitarra e a voz do Variações, que fazia a cena sozinha.
_ _ O Mugnex, nós já estávamos a trabalhar no meu disco e quando este surgiu, _ _ para mim
foi óbvio que teria que trabalhar em conjunto com ele.
E foi uma produção que fizemos_
Eu a iniciar o meu caminho na produção também, onde ele deu essa liberdade_
[F] Aliás, não foi de eu, eu quase que o obriguei também.
[D] _ _ [F#] _ E ele rapidamente percebeu que ia ter de ouvir esta mulher.
Estava a fazer tudo na tua carreira, [G] mas o momento em que ouviste a música [F#] a primeira
vez e disseste, vou [E] ser eu, quero ser eu, e tu disseste, eu lutei por [Gm] isto, foi uma
grande decisão na tua vida.
[N] Foi uma das maiores que eu tomei.
Eu não sei o que vai acontecer no futuro de cada um de nós.
Isto a mim já ninguém me tinha.
A mim, eu estou a cantar com o António Variações.
Eu ainda nem acredito, eu começo a falar disto e começo a chorar outra vez.
Não é possível.
Se vocês ouvissem o irmão dele a falar sobre_
_ Porque agora toda a gente gosta do António.
Toda a gente diz que ele [G] estava à frente do tempo, que ele era maravilhoso, que ele era criativo_
Na altura não foi fácil para o António Variações ser quem ele era.
E ouvir o _ irmão_
O António vinha de uma aldeia, percebes?
Nem sequer era do centro de uma cidade, não era urbano.
_ É tudo tão importante, tão profundo.
Alguém que vem de uma aldeia nos anos 70 [F#] e consegue afirmar-se à frente de toda a
gente, independentemente das pessoas aceitarem, [G] perceberem ou não.
Ele ensinou-nos muito daquilo que nós [C#] conhecemos como liberdade.
E a influência dele [A] na música é [F#] tão mais impressionante se nós tivermos a linha de
conta os [F] poucos anos em que nós podemos ter contato com a música dele.
São dois discos.
_ Eu penso nisso imensas vezes quando ouço o Variações, que é_
Caramba, as canções que faltou nós conhecermos e ele fazer para nós conhecermos mais.
Mas eu acho que ainda há mais.
Há muita gente a perguntar isso.
Mas espera, ainda não respondi ao Vasco.
Tivemos várias conversas sobre [G] a produção desta canção e aquilo que chegámos em conversa
foi que gostaríamos que se o [C] Variações fosse vivo em 2022 e se fizesse a produção
desta [Gm] canção, nós [N] achamos que poderia ser por aqui.
Mas não temos a certeza, nem imaginar agora se onde está a rogar pragas e incendios.
Que horror!
Não queria nada disto!
E para que é que o Sérgio vai cantar?
Ela preparou [G] muito bem o caminho para eu depois cantar nesta música.
Isso foi a minha intenção, foi estar a preparar a música. _
[F#] O crescendo daquilo para [Gm] quando entra a voz dele.
Olha o crescendo, como falávamos há pouco.
Quando o vídeo chegar lá acima ele também vai dizer
não fui eu que fiz, mas belo cabelo.
Não, mas há que falar do vídeo.
O vídeo está inacreditável.
O vídeo é do João Baia, que é [F] um realizador [C#] incrível.
E quem fez o filme do Variações.
[D#] E a boina e os [F] brincos são do António Variações.
[G] Este é dele, tem outro, cor de rosa, tem a boina, tem um cinto.
[G] Isto é [Em] dele mesmo?
Isto é [B] mesmo dele, sim.
Que a minha mãe [C] teve que cozer, teve que pôr aqui um [E] tecido.
Para tu teres noção.
A [G] tua mãe [F#] cozeu uma boina do Variações?
Sem pressão nenhuma.
Eu disse, mãe, está aqui [C] uma parte que tem que se cozer.
E ela, está bem, deixa aí em cima da mesa.
E eu, não mãe, [E] acho que não estás a perceber.
Isto era do António Variações.
Ah Marisa, era preferível que não me tivesses tido. _
_ [F] Isso é incrível, tem verdade. _ _ _ _
_ Sem pressão, isto era do [F#] António Variações.
Agora coze aí.
História da cultura popular.
Obrigada, mãe.
Obrigado nós, em nosso nome e em nome da Rádio.
Tu mereces isto.
Estás [D#] linda e cheiras muito bem.
Obrigada. _ _ _
_ Mais ninguém faria isto tão bem.
[Gm] _ [E] Marisa, beijinhos, muito obrigado.
Obrigada a [G] todos.
Passem esta mensagem.
Não diga canção.
Mas passem esta mensagem.
Nós vamos a tempo de ser melhores.
O António sabia disso.
[C] Ensinou-nos.
Vamos ouvi-lo.
[A#] Obrigada, Molinex.
Obrigada, Diogo [F] Branco.
Obrigada, Universal.
[G] E obrigado aos herdeiros.
_ [C] _ _ _ _ _ _ _ _ _